Primeira obra escrita e publicada sobre algum folguedo popular de Parnaíba, o livro "Veredas da Meia-Lua: o Boi de São João da Parnaíba", de Benjamim Santos, traz a cultura parnaibana em sua essência. O lançamento da obra acontecerá no dia 29 de novembro, sexta-feira, às 19h30, no Café Concerto do Sesc Caixeiral, em Parnaíba, Piauí. Na noite do evento, haverá também a abertura da Exposição "Boi de São João da Parnaíba", com curadoria de Josenias Silva, que terá início às 18h.
Ainda segundo ele, o livro não se trata de um estudo científico sobre o Boi. "Este livro tem como base minhas afinidades com o Boi de São João da Parnaíba: meu afeto por ele, minha sedução; meus olhos grudados nele; minha busca de entendimento de tudo que acontece em cada Batalhão; meu desejo de mergulhar fundo na representação e no mistério do brinquedo", explica.
"Embora haja inúmeros dados objetivos, neste livro, predomina a emoção, com a certeza de que, há muitos anos, entre uma meia-lua e outra, o Boi vem passando por muitas veredas."
O livro tem fotografia de Helder Fontenele, Walter Fontenele e acervo pessoal do autor e de João Batista dos Santos Filho e foi patrocinado por Amostragem - Instituto Piauiense de Opinião Pública.De volta a Parnaíba no começo dos anos 2000, Benjamim cria o Jornal "O Bembém", que edita há mais de 10 anos. E também dá continuidade à sua carreira como escritor. Em maio deste ano, lançou o livro Teatro Infantil, pela Funarte. O retorno à cidade natal também proporcionou a retomada do seu contato com o Boi da Parnaíba, do qual se aproximou ainda mais quando foi Assessor de Cultura do Prefeito entre 2001 e 2004 e depois como Secretário Municipal de Cultura, em 2004, quando teve a oportunidade de coordenar o IV Arraial de São João da Parnaíba e de fazer amizade com donos de boi e brincantes. O livro "Veredas da Meia-Lua: o Boi de São João da Parnaíba" é fruto dessa experiência profissional acrescida das memórias de menino do autor e de leituras, ao longo dos anos, a respeito de brinquedos populares do Nordeste.
Índice
Presença do Boi
Bumba-meu-boi
A Parnaíba e o Boi
O mês dos arraiais
O fenômeno das Quadrilhas
A tradição
Um auto de várias faces
Composição do brinquedo
O enredo
Vocabulário tradicional
Personagens de canto e dança
A Catrevagem
Amo
O Faca
Instrumentos e toque de tambor
Toadas e repentes
Representação da morte
Nomes de Boi
Meia-lua
Licença
Pelas ruas, pelas casas
A brincadeira
No meio da noite, os contrários
Deoclécio e o Boi do Deoclécio
Três berços, três celeiros
O Boi na Ilha
O Boi nos Tucuns
O Boi no Catanduvas
Fora dos celeiros
A Morte em cinquenta
Ambiente externo
A Prefeitura
Três Secretarias
Parcela de poder
Campeonato de Bois
Regulamentos do Campeonato
Os julgadores
Bases para critérios de julgamento
Prêmios e vitoriosos de 2004
Troféu Simplição
Prêmios e vitoriosos de 2005
Prêmios ou incentivo?
Os políticos e o Boi
Em Teresina
Na imprensa
Intelectuais, tradicionalistas e o Boi
Projeto Revitalizando o Bumba-meu-boi
Caprichos e garantias
Tudo levou a mudanças
Reviravolta nos currais
Os Bois no século 21
O que ficou da tradição
O que sumiu
O que pode sumir
As novidades
Cordas no toque do Boi
Mulheres invadem a malhada
O outras novidades
O Boi vivo
Estrutura familiar
Núcleo comunitário
Os brincantes
Dono-de-Boi
Uma liga
Ensaios
Quanto custa um Boi
Crédito no comércio
Corrida contra o relógio
Fardamento
Arte e artesanato
Máscaras
Ele, o Boi (faca)
Um brinco de muitas danças (faca)
Boi de meninos
O Mirim Prateado
O Boi nos bairros
Lindo Amor
Igaraçu
Novo Vencedor
Flor do Lírio
Rei da Boiada
Novo Fazendinha
Mortes d’agora
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